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As Cartas de Amor nunca passam de moda 

29/1/2015

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Muitas vezes, ouvimos pessoas que dizem que as novas tecnologias vêm tirar lugar a hábitos antigos. Os telemóveis topo de gama, os tablets  e os aparelhos XPTO que todos os dias querem estão a ser reinventados nem sempre conseguem tirar o encanto a hábitos antigos e que cresceram connosco.
É o que acontece com as cartas de amor! E quem nunca sonhou em receber uma? Quem não se encanta com a força dos sentimentos tatuados numa folha de papel? 
As caixas de correio transformaram-se em algo que tememos abrir porque já tendemos a associá-las a assuntos burocráticos e mal amados! 
Pois é, e se no meio das contas da luz, da água e das publicidades competitivas dos supermercados, estivesse um envelope escrito à mão com o teu nome? Qual é que abrias primeiro?
Nós queremos dar vida a essas caixinhas que outrora tanto carregaram mensagens bonitas, e porque não somos os únicos a achar que as cartas de amor nunca passam de moda, decidimos fazer um passatempo com a Maria das Palavras! Ela, que tanto talento tem para a escrita e que ao ver o filme Her idealizou um serviço como este, encantou-se com as Cartas de Amor que escrevemos e que enviámos para esse mundo fora.
E, por isso, criou um passatempo muito criativo no qual gostávamos de vos ver a participar!
É muito simples, só têm que comentar o Post do Consultório de Prendas com a pior declaração de Amor que conseguirem escrever, afinal se querem tanto uma carta têm que provar porque não querem ser vocês a escrevê-la!
Vamos todos participar e voltar a transformar as Caixas de Correio em algo mágico?
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Porque a vida é mesmo um presente...

5/1/2015

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... nós celebramo-la em todas as suas fases! Os trabalhos do último mês confirmam isso: que as Biografias - a alegria de escrever e imortalizar memórias - estiveram presentes nos momentos mais marcantes da vida de várias pessoas. Ora vejamos:
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- escrevemos um texto infantil para uma bebé, que tem apenas alguns meses e celebrou o seu batismo há uns dias atrás. Com os seus padrinhos, transmitimos-lhe que a história que lhe dá vida começou muito antes de ela vir ao mundo. É evidente que ela não perceberá este texto agora, mas o presente que recebeu não passa de prazo;
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- fizemos um livro infantil para as crianças de uma freguesia de Porto de Mós. De uma forma divertida e séria ao mesmo tempo, falámos-lhes do passado, da antiga linha de caminho de ferro mineiro e das minas de carvão que outrora foram exploradas na freguesia. E fizemos questão de sublinhar que lhes compete a eles escrever o futuro;
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- festejámos com um grupo de 35 senhoras os 70 anos de muitas delas. Conheceram-se no colégio na década de 50 e, depois de reformadas, convivem com muita frequência. Conseguem imaginar a quantidade de histórias registadas neste livro?
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- entregámos a um casal um livro que assinala os seus 15 anos de casados. Bodas de cristal feitas de entrega a causas, viagens, investimento na família e no lar e, sobretudo, nos valores sólidos que alicerçam o exemplo que dão aos filhos. O livro tinha muita cor e simbolismo e podemos jurar que os tocou bem no fundo!
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- para um adulto, fizemos, como prenda de Natal, um livro infantil. E não é que lhe assentou como umas luvas? Trata-se de uma pessoa especial, que optou por continuar sempre a ver e a viver a vida sob o ponto de vista de uma criança que viaja constantemente num balão de sonhos, contagiando tudo e todos!
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- recebemos a feliz notícia que a mãe da Alice está grávida!
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- continuámos a espalhar esperança com o nosso Dançar à Chuva;
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- e vimos voar, partir desta esfera que nós conhecemos, o Sr. M. Com ele, aprendemos imenso e foi um verdadeiro privilégio conhecê-lo. Ele estava já doente com ELA quando nos deu as primeiras entrevistas. Depois nunca conseguimos terminar o livro, mas finalizámo-lo agora e foi distribuído no seu funeral às pessoas mais chegadas. Foi triste, tocante, um momento de muita consternação. Mas foi um momento de celebração! Sem dúvida e o testemunho da família transmite isso mesmo. PORQUE A VIDA É UM PRESENTE!

Assim, nas horas de alegria e de dor, nos momentos de rotina e nos de extraordinária dinâmica, nós estamos cá para assegurar que vale a pena "viver para contá-la" (título de livro de Gabriel Garcia Marques)
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Carta Aberta ao Cidadão «Normal»

3/12/2014

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"(...) Caro «normal», imagine que tudo o que amava estava lá no alto e a única forma de lhe chegar era ter asas. Ao quebrar as minhas correntes está a dar-me essas asas.
Deixe-me dizer-lhe ainda que lutarei para Viver com a dignidade e liberdade com que você vive. Tenho-o em boa conta, mas você não é mais do que eu.
Eu e Vossa Excelência, quando estamos felizes, sorrimos; quando estamos tristes, choramos; quando a comida é boa, repetimos; quando é má, fazemos blargh; quando passa alguém perfumado, ficamos com calores; quando temos calor, suamos; quando temos frio, trememos; quando gostamos, abraçamos; quando amamos, lutamos. Pois, se somos iguais nisto tudo, vamos ser iguais na liberdade de viver também!"
Rui Machado, in: Finalmente Mar

Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência! Não fiquemos indiferentes às barreiras à inclusão!
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Vamos todos usar batom vermelho

2/12/2014

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Há momentos que são tão intensos, tão transformadores, que mereciam ficar gravados para sempre na nossa memória com toda a nitidez e todos os pormenores que o tempo gosta de lavar.
A sessão de lançamento do livro Dançar à Chuva - Biografias de Esperança foi um desses acontecimentos: uma sala cheia de pessoas bem-dispostas e predispostas para a esperança. O testemunho na primeira pessoa de uma protagonista do livro, a Sandra Completo. As palavras pequenas da Daniela Costa para expressar toda a gratidão que a invadia por ver nascer um "filho". E a inteireza do discurso da Fernanda Freitas: em cada história um pouco da pessoa bonita, empenhada e generosa que ela é! E, de tanto que ela disse e nos ensinou, deixamos o seu repto: usem batom vermelho e sintam o poder de oferecer a todos um sorriso. Quando começamos a descobrir a beleza da dádiva, como aconteceu a uma viúva da Golegã, que transformou a sua vida desde que começou a fazer voluntariado e a ajudar os outros. Essa senhora de tal maneira foi tocada pela experiência de sair de si própria e de se colocar ao serviço que, algum tempo depois, o negro do seu luto deu lugar a um batom vermelho nos lábios! E a Fernanda falou ainda das mulheres que, quando saíram de um campo de concentração, pediram um batom!
É assim mesmo: independentemente dos desafios de cada um, podemos sempre pintar o nosso rosto com um sorriso e oferecer cor à vida de alguém.
Já agora, reproduzimos ainda outro apelo da Fernanda: comprem este livro! :)

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Livros no Sapatinho

24/11/2014

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Todos os anos na Islândia acontece a chamada Jolabokaflod, que se traduz como “a inundação natalícia de livros”. De Novembro a Dezembro toda a gente procura recomendações de livros, fala-se de livros no cabeleireiro, recebe-se catálogos de livros no correio e isto tudo porquê? Porque quando chega a noite de 24 para 25 de Dezembro, o presente que estes insulares mais gostam de dar e receber são livros.

É movido por este espírito que a Imaginauta quer lançar a “Operação Livro no Sapatinho”, para promover a cultura literária. Um conjunto de acções combinadas entre todos aqueles que amam livros para lançar uma nova tradição a nível nacional: oferecer livros como prenda de Natal.

Nós que adoramos dar e receber livros, não podíamos deixar de participar nesta “operação” que a Imaginauta está a dinamizar.  Digam lá que os livros não são uma boa companhia para os dias de Inverno que se aproximam?
Razões não faltam para oferecerem livros no Natal, ora espreitem:

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Leitura na Agitar

18/11/2014

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Já não é a primeira vez que vamos à Agitar, universidade sénior do Porto. Se dantes nos focámos em atividades de escrita criativa, desta vez o convite foi diferente.
A atividade quinzenal que aí desenvolveremos ao longo deste ano tem como objetivo espicaçar o gosto pela leitura.
Ontem, demos umas voltas por aldeias transmontanas e vimos a nossa semelhança com os bichos. Rimo-nos com o humor fino de Miguel Torga e enternecemo-nos com o seu Garrinchas, o mendigo que consoou com Nossa Senhora e o Menino.
Na próxima sessão, no dia 1 de dezembro, vamos sentar-nos numa colina, com o Douro ao fundo, a ouvir a poesia do grande Torga.


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Coreia do Sul

24/10/2014

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Estive duas semanas ausente, mas as Biografias não pararam graças à Cláudia que levou em grande ritmo os nossos trabalhos!
Quanto à viagem à Coreia, fruto de um prémio literário, foi tão rica em experiências e encontros que não resisto em partilhar um pouco convosco.
Apesar do cansaço e do jet lag, eu e a Rosa (amiga que vive na China e se juntou a mim nesta aventura) fomos passear por Seul logo que chegámos, visto que aterrámos na Coreia às 6H30 da manhã, e o primeiro impacto foi um prenúncio do "bom feeling" que nos acompanhou ao longo de toda a viagem.
Saímos do metro e vimos prédios enormes a rodear pequenos edifícios tradicionais; avenidas gigantescas que no meio do tráfego acolhiam motas e triciclos carregados de rolos muito maiores do que as suas dimensões; pessoas atarefadas e outras descontraidamente a tocar piano na rua (havia muitos espalhados pela rua devido a um evento cultural); comemos comida coreana por menos de 5€ e experimentámos o sabor picante que sempre a acompanha; bendizemos um por do sol magnífico e espantámo-nos com as palas e os guarda-sois que se viam pela rua a proteger as peles que se deveriam manter o mais brancas possível; entrámos no grande palácio da cidade, mas antes disso assistimos a uma esplendorosa parada dos guardas, com danças e música tradicional, descalçámo-nos para entrar num templo e visitámos o museu da cultura coreana; comemos um gelado e tirámos fotos ao estilo oriental - com os indicadores  e os médios a apontar para a cara.
À noite, sofri as tormentas do jet lag, não sendo capaz de dormir mais de 4h, apesar do enorme cansaço.
No dia seguinte conhecemos um dos centros e o trabalho dos hospitaleiros Irmãos de São João de Deus que tão bem nos receberam - deram-nos guarida e muito mais, durante o tempo em que estivemos na Coreia. Tomámos com eles um delicioso capuccino e depois fomos novamente para o centro de Seul. O Irmão que nos acompanhava fez questão de nos deixar na paragem de autocarro e de esperar até ter a certeza que entrávamos no veículo certo. Depois, só tínhamos que sair na última paragem. Era fácil. Depois de muito tempo dentro do autocarro, o motorista imobilizou-o, disse qualquer coisa em coreano que nós não entendemos e foi para a rua fumar um cigarro enquanto nós e outros passageiros esperávamos. Achámos estranho e rimo-nos daquela atitude. Entretanto, a marcha recomeçou e a Rosa disse-me "já há pouco passámos num local com a palavra "casa" (são poucos as palavras em alfabeto romano, muito menos em "português") e foi então que eu percebi que estávamos a voltar para trás. Afinal, a última paragem tinha sido quando o senhor foi fumar! Que tótós!
Esse engano no único dia de chuva que apanhámos na Coreia fez-nos percorrer ruas que não aparecem nos roteiros turísticos e saborear pela primeira vez o Gimpop - espécie de sushi. Levou-nos à desativada estação de caminhos de ferro de Seul onde havia várias exposições de arte contemporânea e depois a um mercado que parecia não ter fim, onde vimos todo o tipo de souvenirs e um espaço lindo, com objetos handmade encantadores. Dali fomos à procura de um multibanco e percorremos o bairro de MyonDong, cheio de vida nas suas ruas pedonais. Depois andámos em círculos à procura da catedral, que afinal estava mesmo ali ao lado, mas já só lá entrámos de noite.
Quando saímos, havia tanto movimento nas ruas que nos deixámos passear e comprar comida na rua, pois havia imensas bancas de comida que se tinham instalado pelas ruas fora. Cansadas e entusiasmadas, ainda nos arrastámos até ao City Hall onde apanhámos o metro de volta a casa, onde não chegámos sem antes nos perder no belíssimo parque que tínhamos de atravessar.
No outro dia era feriado e o nosso cicerone, o Bro. John, fez questão de nos acompanhar, não sei se tanto pelo seu gosto em sair e passear se pelo medo que nós nos voltássemos a perder. Levou-nos a comer uma espécie de omeleta com polvo e verduras e a passear pela zona de Seul onde existem imensos templos budistas, Jogyesa, percorremos uma rua pedonal, Insadong, que quase rebentava pelas costuras com tanta gente que por lá andava a gozar o feriado. Depois percorremos um troço de um passeio fluvial, junto a um rio artificial, construído no séc. XIV, foi tão impressionante apreciar a arquitetura das pontes seculares como a performance de chapéus de chuva a brincarem com o sol. À noite, jantámos com ele e outro Irmão num restaurante do bairro onde estávamos hospedadas e adorámos os sabores das folhas de alface e sésamo que recheávamos com arroz, legumes, molhos e carne que era grelhada em cima da mesa. Metíamos esses rolos de uma vez à boca e podíamos regar o petisco com uma bebida alcoólica à base de arroz, da qual não gostei muito. Escusado será dizer que em cima de qualquer mesa, havia sempre Kimchi, couves conservadas em salmoura, com malaguetas e outros condimentos, que nós também costumávamos dispensar. Fora isso, adorávamos o resto!
No nosso quarto dia em Seul, passeámos por alguns bairros que conservam ainda a arquitetura tradicional, fizemos compras e deliciámo-nos com a comida, que partilhámos ao bom estilo coreano: normalmente são servidos vários pratos e toda a gente tira um pouco de cada. Depois fomos visitar outro palácio, mas ficámos desiludidas com o facto de já não se poderem visitar os jardins por as visitas guiadas estarem lotadas pois era precisamente para ver o enquadramento natural que ali tínhamos ido. Acabámos a tarde no Instituto da comida coreana, onde provámos alguns doces, que não me convenceram.
O quinto dia foi de viagem entre Seul e Gwangju. Antes de sair, fui dar um passeio no parque que rodeia a casa onde ficámos. Eu, que adoro caminhar, fiquei encantada com o número de pessoas que andava pelo parque e pelos montes a passear e pelas condições para esse tipo de atividade, com sinalização (que eu não percebia), trilhos delineados, ginásios ao ar livre, áreas de descanso, balneários e até ar com pressão para lavar as sapatilhas no final!
Quando entrámos no autocarro nem queríamos acreditar, os bancos eram muito mais confortáveis que os de um avião e o autocarro, embora fosse grande, não tinha mais de 25 lugares, tal era a dimensão e o conforto dos assentos. Toda a gente se descalçou e adormeceu, como nós. Havia autocarros a sair de 10 min em 10 min e, na área de serviço valeu-nos o conselho do Irmão: apontar o número do autocarro, caso contrário dificilmente saberíamos qual era o nosso.
Em Gwnagju fomos muito bem recebidas novamente pelos Irmãos de S. João de Deus.
O primeiro dia ali foi para conhecermos as obras do Irmãos e nos perdermos! Só saímos sozinhas para ir à estação, que ficava ao fundo da avenida onde estávamos, comprar bilhetes, mas conseguimos perder-nos! E o mais cómico é que tínhamos cartões com a nossa morada em coreano para podermos pedir ajuda, mas quando a Rosa se aproximou de um senhor e lhe mostrou o cartão, ele pegou no cartão, deu uma vista de olhos, agradeceu e foi-se embora, metendo o papel no bolso. E nós atrás dele a explicar que só queríamos indicações, mas de nada valeu porque ele achou que estávamos a fazer publicidade a alguma coisa...
Nessa noite tivemos uma experiência gastronómica inesquecível, num restaurante tradicional coreano, descalças e sentadas no chão, na companhia de duas simpáticas funcionárias do Hospital de S. João de Deus. Foram 18 pratos e uma explosão de sabores que nos levaram ao coração da gastronomia local!
No dia seguinte visitámos um cemitério e o respetivo museu que contava a história de centenas de cidadãos que em 1980 deram a vida pela democracia. Foi muito forte ver os vídeos e ouvir os sons, mas também pacificador queimar um pouco de incenso por eles. Também visitámos a aldeia do bambu e outra casa dos Irmãos. à noite jantámos paella com as simpáticas Irmãs Merecedárias e pela primeira vez falámos português com outras pessoas na Coreia, ainda que com sotaque do Brasil.
O nosso último dia em Gwangju foi aproveitado para irmos à montanha, num autocarro urbano cheio de seniores vestidos a rigor: traje desportivo da cabeça aos pés! Iam todos caminhar! A paisagem era soberba e a viagem despertou-nos boas gargalhadas. Na cidade, fomos comer, claro está Gimpop (espécie de sushi) e comprar fruta para a sobremesa do jantar, já que fomos convidadas para jantar com os Irmãos. No autocarro a caminho de casa, não sei porquê, mas uma senhora ofereceu-me um saco que continha uma enorme maçã e um doce de arroz, engrossámos assim o nosso contributo para a sobremesa! Nessa noite (acabámos de jantar às 19h!), saímos para passear e assistimos ao eclipse lunar. Pelo meio, comprei um corta-unhas! Eu andava há dias a queixar-me que precisava de cortar as unhas e aproveitei o facto de ver uma lojinha aberta para perguntar, o senhor entendeu-me, mas não tinha. No entanto, fechou a porta e foi a correr a outra loja arranjar-me o dito objeto! E nós ali ficámos na rua a contemplar o espetáculo da lua enquanto agradecíamos tanta generosidade!
No dia seguinte, partimos para a montanha de Geumsansa. A viagem de comboio foi ótima, com o revisor a virar-se e fazer vénia antes de sair da carruagem. Depois saímos numa cidade, onde apanharíamos o autocarro para a montanha. Ali perguntámos a umas senhoras onde era a paragem do autocarro cinco, elas por gestos explicaram-nos que era exatamente aquela, mas passaria dentro de 20 min. e parecia não haver mais. Ainda assim era hora de almoço e nós arriscámos atravessar a rua e ir comer algo ao restaurante, depois na montanha não devia haver onde comer. Quando a senhora do restaurante se aproximou de nós com os seis pratinhos diferentes e começou a depositá-los em cima da nossa mesa, connosco já a salivar, entra esbaforida a senhora que nos deu informações. Sem percebermos uma palavra, entendemos que ela tinha mandado o autocarro esperar por nós e que tínhamos de ir naquele instante. Pedimos desculpa e saímos a correr. Já lá dentro, divertidas e desoladas ao mesmo tempo, comentávamos em bom português, que ninguém entendia, que estávamos a morrer de fome. A nossa protetora saca da mochila e tira de lá um pacote de bolachas que nos oferece. Em troca, retribuímos com o nosso sorriso agradecido. E não é que na montanha havia um lindo lago rodeado de restaurantes? Lá nos fomos abastecer antes de irmos para o templo.
Ali, fomos informadas que a intérprete de inglês estava indisponível nesse dia, mas elas recorreram logo aos seus smartphones para traduzir a expressão "setienta mil won" que nós sabíamos que tínhamos que pagar. Depois entregaram-nos a vestimenta que devíamos usar o tempo todo e encaminharam-nos para os quartos, uma zona lindíssima em estreita ligação com a natureza, tanto que nessa noite a Rosa não fez mais nada além de perseguir baratas e centopeias, enquanto eu tentava em vão dormir (conforme o estilo tradicional, dormíamos no chão, mas com bastante conforto).
Tal como nós, havia mais 6 pessoas, todas coreanas, a fazer a experiência de Templestay. Ensinaram-nos  a fazer as vénias e as regras e horários, tudo em coreano. Valeu-nos uma funcionária tailandesa que percebia um pouco de inglês e uma participante coreana, a Bola, que nos foram traduzindo o que conseguiram. Foi muito bonita a experiência, sobretudo o passeio matinal até um local que tem duas árvores com um mesmo ramo comum e que, segundo a tradição, abençoa os casais. E depois o passeio de mota até ao cimo da montanha, à boleia da tailandesa.
No regresso apanhámos boleia de uma família que connosco viveu essa experiência. Não só nos levaram ao terminal dos autocarros, como o senhor fez questão de nos ajudar a tirar os bilhetes e de nos acompanhar até à entrada no autocarro!
Os últimos dias em Seul foram para visita ao Memorial da Guerra coreano, impressionante pela história que reconstitui; um almoço com um franciscano inglês, que tinha sido chef noutra vida e que nos levou a passear pelos sabores e histórias vividas na Irlanda, um jantar na companhia de um simpático casal coreano, amigo do Bro. John, que nos acompanhou nesse dia pelo frenético Itaewon engrossado com a multidão que assistia ao Festival global. Visitámos ainda o Memorial dos Mártires Cristãos, comemos um gelado e fizemos as últimas compras. Enquanto a Rosa pintava o cabelo, eu aproveitei para ir novamente ao parque perto da casa dos Irmãos, cheguei a um miradouro fantástico e ali uma senhora fez questão de me levar a um templo que havia na montanha (todas as montanhas são para eles sagradas e têm que ter um templo). Já ali, queria que eu esperasse pelo almoço, como não quis, fez-me perceber que devia pelo menos entrar no templo e rezar um pouco. Assim o fiz, acompanhei-a e fiz as três vénias.
Nesse dia, a Rosa voltou para a China. Eu jantei no aeroporto com o Bro. John e voltei para casa a pensar na minha viagem no dia seguinte. Já estava a morrer de saudades!
No meu último dia, passeei sozinha ao longo de um troço da antiga muralha da cidade e apreciei as vistas fantásticas sobre Seul. Entrei num mercado de roupa com corredores super apertados e com tantas bancas e ruas sucessivas que parecia não ter fim. Fiz as últimas compras. Perdi-me pelas últimas vezes. Comi as últimas comidas. Voltei para casa. Agradeci de forma imperfeita pois não encontrei gestos nem palavras que acompanhassem as intenções de um coração agradecido. Jantei com os Irmãos e depois fui com eles até ao aeroporto de Gimpo, onde apanhei o autocarro para o aeroporto de Incheon. 
E assim me despedi de um local onde nunca tinha pensado ir e não sei para que sítios me levará...


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Cheirinho das Biografias da Esperança

7/10/2014

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A Constança é uma menina de dois anos com uma doença rara e degenerativa. A vida dela e da sua família mudou completamente desde que o descobriram, para melhor. “A nossa história tinha que ser assim porque a Constança veio-nos mostrar toda a amplitude do amor”.
A Sandra vive há 14 anos, metade da sua vida, com uma doença oncológica. A doença já a obrigou até a despedir-se de toda a gente e a preparar-se para o pior cenário possível. “Mas a doença é só uma parte da minha vida, que eu tenho que gerir como o faço com os meus amigos, trabalho e tantas outras dimensões.” Não há um dia em que não deixe de se arranjar porque um dos seus maiores trunfos é o seu amor próprio e é isso que subtilmente vai deixando espalhado pelos sítios por onde passa como o perfume que nunca se esquece de usar. 
O Bento, no dia em que soube que ficaria paraplégico para o resto da vida, ouviu o médico dizer à sua mãe que era uma sorte se algum dia voltasse a pegar num copo de água. É com um sorriso de quem conseguiu fitar os prognósticos que hoje se orgulha de levantar todos os dias copos de vinho, já que realizou um dos seus sonhos de ser enólogo. Mas não foi o único sonho que realizou…

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Biografias da Esperança

30/9/2014

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É tão bom quando a realidade ultrapassa os desejos!
Estamos em fase de ultimação de um livro muito especial: ao contrário do que temos vindo a fazer até agora, não foi feito por encomenda e será vendido ao público. Mas não deixam de ser biografias...
... e tão especiais que lhe chamámos Biografias da Esperança.
Fomos conhecer histórias de vida de gente que passou por grandes dificuldades, mas que as soube aceitar e tirar partido desses acontecimentos, ajudando-se a si e a outras pessoas.
Imaginam a quantidade de esperança que este livro encerra?
Nós aprendemos imenso ao ouvir e escrever estas histórias.
Outro aspeto muito interessante deste projeto é que os livros serão vendidos por instituições parceiras que, ficando com parte dos lucros, estão a financiar iniciativas sociais.
Inspirador e, como todos os projetos que nascem com vida própria, este livro é muito bom!
Em breve, daremos um cheirinho da energia que o alimenta!

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Escrever Sensações

22/9/2014

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Será possível as sensações ganharem vida nas palavras que ficam tatuadas numa folha de papel?

Não é fácil falar ao outro sobre o que sentimos. É difícil deixá-lo a sentir o mesmo que nós ao lhe descrevermos o perfume de uma flor que não conhecíamos e descobrimos num jardim inesperado.

Mas podemos fazê-lo imaginar. Podemos dar-lhe a cheirar a nossa interioridade, através das palavras, mesmo não estando a pegar na flor nem a sentir o verdadeiro aroma dela. O papel passa a ser a nossa flor e os registos e a descrição registada a sensação de bem-estar, de tranquilidade que se sente ao inspirar aquele perfume.

No sábado, estivemos na biblioteca Municipal de Penalva do Castelo a realizar um Workshop de Escrita Criativa e as sensações foram as protagonistas. Através delas os participantes despertaram os mais variados sentidos do nosso corpo.

Querem sentir? Deixamos-vos alguns dos excertos:

“O cheiro doce e penetrante do alecrim, junto ao portão de entrada  da casa onde vivi, com os meus pais e irmãs. O cheiro nostálgico dos bons momentos vividos, das brincadeiras e dos risos.”  Ana Bela Lopes

“Na minha infância percorria os campos. Saboreava todos os pólens à minha volta. Calcorreava os matagais e sentia o cheiro a pinho que me entrava nas veias sedentas de liberdade.” Fátima Martins

“Ao acordar, uma brisa suave com leve aroma a alfazema ou lavanda, não sei bem, invadiu sorrateiramente o quarto onde dormia… fazia recordar os tempos de infância vividos na aldeia, onde corríamos e brincávamos no meio dos campos floridos, na Primavera. Apanhávamos estas ervas para depois fazermos uns saquinhos de cheiro”.  Ana Paula Pinto

“As brincadeiras com os meus primos são lembranças que jamais se apagarão. São coisas muito boas, como um bom chocolate…” Paulo Lemos

“A espera do bosque. O silêncio das paredes onde se encostam as árvores. A tua voz. A terra molhada em sorrisos. A temperatura quente dos sussurros e as mãos que buscam a terra. Memórias de riacho, verdes como as manhãs. Expectantes.

O tempo a caminhar debaixo do capim. O movimento brusco e calmo de cada pensamento e o céu que espera.

Em azuis de luminosidade lenta.”  Lucinda Saldanha

“Nesse jardim havia uma rosa, diferente de todas as outras, forte e guerreira, doce até nos momentos mais amargos da vida” Paula Ramos

“É verdade que nem tudo são espinhos e nem tudo são rosas, nem tudo é bom e nem tudo é mau.  É a minha passagem pela vida rodeado destes sentimentos e conflitos que me fazem crescer, aprender e a transformar os sentimentos negativos em energias positivas. É notório que o que transmitimos ao mundo que nos rodeia é devolvido com mais intensidade. (…) A calma interior, o coração aberto e o amor a brotar são os melhores doces e aromas para a felicidade.” Luís António

“Por vezes é melhor guardar a flor num bolso e nalgum momento quando se procura um lenço ou uma morada ter a agradável surpresa do verão, do aroma desprendido  pelo vento das abelhas.” Maria dos Prazeres Ferreira

“Olho para a frente e vejo um eucalipto robusto e com um odor bastante agradável a aproximar-se de mim. Eu e a minha bicicleta estávamos prestes a conhecer esta graciosa árvore. Talvez não fosse a situação ideal para este encontro.” Carlos Pina

“Ainda ali, absorvido por aqueles pensamentos voltou a fechar os olhos. Que bom! «Aqui eu sou!» - pensou. «Sou quem eu quiser». Sentiu paz. A paz que  lhe proporcionava aquele lugar fez-lhe desejar que a vida fosse um continuar daquele espaço” Ana Paula Figueiredo





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