As memórias estavam há muito tempo escritas e guardadas na gaveta, ou numa pasta do computador, e o seu autor, agora octogenário, já nem contava vê-las publicadas em livro.
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Este foi um daqueles livros que não se fez num dia, nem num ano. Começou há mais de dois e levou-nos a conhecer a vida de um homem que nasceu numa ilha, mas implantou a sua missão num continente sólido de valores. Orientou sempre a sua ação para contribuir para uma sociedade mais justa. Com mais de 80 anos, ainda se desloca diariamente à obra que dirige e não tem qualquer pudor em penetrar em meios que aparecem nos noticiários pelas piores razões. Viveu dramas, angústias e teve muitas dúvidas. A trajetória da sua vida deu voltas de 180º. Construiu uma casa e um lar. Ensinou e nunca saciou a sede de aprender. Fez da arte uma jangada para se manter à tona da realidade, tantas vezes asfixiante. Um homem que se fez com tempo, no seu tempo. Uma vida que é um presente. ... e ele tivesse aludido ao facto numa das suas obras?
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May 2018
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