Este email começava assim:
"E se o que eu vos pedisse fosse uma biografia de alguém que não chegou a nascer (com vida)? Parece-vos fazível?
E explicou-nos um pouco da sua história.
Claro que era fazível e que nos fazia todo o sentido!
Trocámos emails, encontrámo-nos e avançámos para um pequeno livro infantil que de um modo alegórico celebrava uma vida prematura, mas feita de laços tão fortes que ficarão para sempre.
Uma história igual a tantas outras, mas ao mesmo tempo tão única e tão especial! Uma história que também a autora vivera na primeira pessoa, como podia não compreender totalmente aquela mãe? Saber exatamente o sabor de cada uma das lágrimas que vertia por uma maternidade amputada?
E se produzir o livro se revestiu de muito sentido, a certeza de que estarmos no caminho certo chegou com o feedbak que nos foi dado agora:
“Abre-me um sorriso e era esse o meu grande objetivo quando te contactei: fazer algo sobre a A. que nos abrisse um sorriso, mesmo que uma lágrima caia de saudade. Muito obrigada por isso.”
“Obrigada! É apenas essa a palavra que me surge quando olho e (re)leio o livro. Obrigada por "me dares algum sossego ao coração" (como me disse a minha mãe) e por teres permitido que as pessoas que me são mais próximas se sentissem, finalmente, à vontade de falar sobre a A. connosco, sem medo de nos magoar com a sua lembrança.
O H. adorou, e ajudou-nos muito naquele fim de dia que foi mais tenso e penoso.
Obrigada por nos dares a A.e de outra forma, por lhe teres "dado" uma história.”